Automutilação, o que existe por trás dessa conduta?
Simone Nery
Psicóloga clínica
CRP 06/143779
A pessoa que se automutila geralmente tenta esconder suas feridas usando roupas compridas, ou usando explicações alternativas.
A automutilação é um distúrbio do comportamento em que não tem intenção consciente de suicídio. Além de causar dor, pode ser adotado por pessoas com diagnósticos de transtornos mentais, e que não possuem o entendimento da realidade, mas não é raro tomarmos conhecimento que muitas vezes, na sua maioria, entre meninos e meninas na fase da pré-adolescência, um pouco antes da fase adulta que aparentam de boa saúde física, e social revelarem comportamento automutilador.
Formas de automutilação mais comuns
- Cortar-se ou furar-se com agulhas, canetas e pregos
- Apertar ou reabrir feridas
- Queimar-se com cigarros
- Bater-se ou esmurrar-se
- Arrancar os próprios cabelos
- Enforcar-se por instantes
- Medicar-se exageradamente mesmo sem a intenção de suicídio
As alterações naturais físicas e mentais para o processo de entrada na vida adulta geram, dúvidas, conflitos, angústia, sensação de incompreensão e o comportamento destrutivo geralmente é uma forma de buscar alívio para a situação que parecem fora de controle, ou seja, uma grande dificuldade na hora de expressar e administrar as próprias emoções
Comportamentos mais comuns:
- Desinteresse por atividades que antes gostava
- Queda do rendimento escolar
- Isolamento
- Uso de roupas e mangas longas em dias quentes
- Cortes frequentes nos braços e pernas
O automutilador necessita, sobretudo, do apoio da família e amigos, um relacionamento afetivo adequado com a família, amigos, com os estudos, praticar esportes, enfim, tentar ter uma vida equilibrada ainda são as melhores alternativas, porém, fica difícil manter o equilíbrio quando um deles faz parte do problema.
O psicólogo é o profissional que sempre estará preparado para ouvir, acolher e apresentar um plano terapêutico para ajudar de lidar com o problema
Os pais e amigos devem estar atentos, e quando notarem mudanças no comportamento do adolescente que poderá enquadrar-se num quadro clínico de automutilação, deverão incentivá-lo a procurar voluntariamente ajuda psicológica.
* Esse artigo não tem a intenção de diagnóstico, somente informação.